Universo Estendido DC — Parte 1

Depois da Marvel ter dado certo com seu universo cinematográfico, a DC teve que correr atrás do prejuízo. E por estar atrasada, ela teve que tentar ser um diferencial no mercado, pois ninguém queria mais uma fórmula padronizada para os filmes de heróis. Então a DC embarcou na onda da trilogia do Cavaleiro das Trevas do Nolan e optou por ser mais ousada, mais autoral e mais séria. Será que deu certo? Bom, é o que veremos…

Era uma vez um empresa que resolveu criar seu universo da forma mais apressada possível…

Vendo o que a Marvel fez, a Warner, empresa que detém os direitos da DC, colocou as esperança de seu universo nas mãos de Zack Snyder, famoso pelos filmes Dawn of the Dead300 e Watchmen. E a DC ainda tinha todos os seus heróis disponíveis, diferente da Marvel que não tinha o direito de vários deles, como Homem Aranha que era da Sony e o Quarteto Fantástico e os X-Men que eram da Fox.

Mas sem muita enrolação, aqui irei falar em ordem cronológica sobre os cinco primeiros filmes do Universo Cinematográfico da DC (DCEU), que foram lançado entre 2013 e 2017.

Homem de Aço (2013)

Eu gosto desse filme, porém como algo totalmente a parte do DCEU, assim como a Trilogia do Nolan. Agora, pensando nele como um início de uma sequência de filmes, eu não gosto, pois suas escalas são muito grandes e acaba sendo inevitável que os próximos sejam tão grandes quanto. Tanto que logo no segundo filme eles já colocam o Batman contra o Superman, o que é uma completa insanidade.

Ele ser meio que uma ficção cientifica é bem interessante, principalmente em relação a todo o início de Krypton. Isso é muito legal, pois ele realmente parece um alienígena e sente todo o peso de ser completamente diferente do resto. Apesar disso, essa certamente não é a melhor versão do Homem de Aço, pois mesmo eu gostando muito da pessoa Henry Cavill, o Superman dele é muito fraco. Não acho nem que é culpa do ator, pois o roteiro não faz esse Superman ser o que esperamos dele, que é ser a esperança em pessoa. Ou deixando mais claro, ser mais humano que os próprios seres humanos.

Esse filme também tem uma seriedade muito grande, isso não me agrada muito. E nem digo isso pelo filme tentar ter essa pegada mais realista, no que diz respeito a ‘como seria se um deus vivesse entre nós?’ Minha reclamação é mais porque faltou um pouco de leveza, pelo menos entre os personagens e em alguns diálogos.

Sobre os personagens, eu adoro o Russell Crowe de Jor-El, acho o Michael Shannon um excelente General Zod, gosto da Antje Traue como Faora, e até que curti um pouco da Amy Adams como Lois Lane (Apesar de alguns pesares), já o resto dos personagens não são tão interessantes assim.

Agora, esse papinho do Jonathan Kent de “preservar a identidade a todo custo, mesmo que tenha que deixar pessoas morrerem”, eu não compro. Acho um completo absurdo o Clark deixar o pai dele morrer só para ele manter a identidade. Eu até entendo o que o Snyder quis fazer, mas pra mim ele só falhou miseravelmente nisso.

E para finalizar, eu gosto do terceiro ato do filme ser um grande videogame de Dragon Ball. Aquilo foi bem o que eu espero de uma luta entre dois deuses. Meu problema é o Superman não tentar minimizar os danos na cidade, ele só aceita que aquela é uma grande arena de combate e é isso. O beijo dele na Lois, em meio a cidade destruída, também é terrível. E particularmente não gosto do Superman ter que matar o Zod no final, porém eu entendo que esse é um Superman diferente e consigo comprar a ideia pela forma como o filme construiu a cena.
Nota: 6/10

Batman VS Superman: A Origem da Justiça (2016)

Deixando claro, eu vou escrever sobre a versão estendida. É um filme fraco? Sim. É um filme ruim? Sim. Mas apesar de tudo, eu até que gosto dele, só que com alguns poréns. Cenas de ação, efeitos especiais, momentos de imponência, entre outras coisas visuais, o Zack Snyder sabe fazer muito bem. Agora criar uma ideia e colocar numa trama de forma que fique bem amarrada, ele não sabe. Acontece muita coisa nesse filme e o Snyder definitivamente não é o cara certo para colocar elas em ordem.

A ideia do Batman estar contra o Superman por achar que ele é um perigo, ou um possível perigo, é ótima. O Lex Luthor ser quem instiga o confronto dos dois heróis é legal. Só que tudo isso fica no campo das ideias, pois a execução não é acertada. Em vários momentos tudo parece meio bobo, principalmente em relação ao Lex. De novo, se tivesse alguém que entendesse mais de como gerir uma trama com esses personagens nesse tipo de universo, o filme certamente seria melhor.

Para reforçar mais ainda o que eu disse, a cena da ‘Marta’ é muito fraca e ridícula. De novo, a ideia é ótima, até porque esses personagens existem desde o final dos anos 1930 e aparentemente ninguém reparou as mães dos dois maiores super-heróis da DC têm o mesmo nome. Pena que foi uma ideia extremamente mal executada. E pra finalizar as críticas negativas, o Apocalipse no final é muito ruim.

Mas pelo lado bom, eu diria que o Ben Affleck foi um bom Batman/Bruce Wayne (exceto por ele matar e isso para mim é indefensável), o Henry Cavill está bem melhor aqui como Superman/Clark (apesar do filme tentar forçar ele ser o símbolo de esperança, sendo que, tanto no Homem de Aço, quanto nesse filme, isso não é bem desenvolvido), a Amy Adams de Lois Lane está excelente e a Gal Gadot como Mulher Maravilha é talvez a melhor coisa do filme. Já o Lex Luthor eu não gostei. O que é uma pena, porque o Jesse Eisenberg é um ótimo ator. Diria que o problema é ele ser chamado de Lex Luthor, porque ele não tem absolutamente nada a ver com o personagem. E eu entendendo que isso é uma outra versão dele, mas acho bem ruim. E fecho dizendo que uma das coisas que mais gostei foi o filme ter explorado bastante o lado investigativo do Clark, da Lois e do Bruce.
Nota: 4/10

Esquadrão Suicida (2016)

Eu nem sei exatamente o que dizer sobre esse filme, já que praticamente nada nele me agrada. Então começando com a parte boa, Will Smith e Margot Robbie fazem o possível para entregar algo bom, mas o roteiro é bem fraco e as falas são ridiculamente estupidas. A trilha sonora também é ótima, mas é banalizada, pois a cada cena ela troca de música e fica parecendo só um péssimo videoclipe.

Esse grupo é muito ruim, o que a princípio é bom, pois a Amanda Waller teria que recorrer a vilões mais coadjuvantes para fazer missões Black Ops. O problema é, além do grupo ser extremamente mal aproveitado, a escala da missão é altíssima pro nível deles.

Sobre o Esquadrão Suicida, o Capitão Bumerangue deve ter jogado o bumerangue dele umas 3 vezes só o filme todo, fora isso ele não fez nada; O Crocodilo é só um alivio cômico barato; O El Diablo foi ridículo e ainda piorou muito com o papinho final de meus amigos, sendo que ele não conhecia o Esquadrão não tinha nem 24 horas; O Rick Flag tenta ser legal, mas não me pegou; todas as cenas da Katana me davam vergonha alheia; Viola Davis é uma atriz incrível e tenta como pode, mas com esse roteiro ela é totalmente desperdiçada, além de é claro, vermos a pior versão possível do Coringa.

A Magia é interessante, mas muito mal utilizada. Ela domina facilmente toda uma parte subterrânea lá, só que aí no final, ela luta na mão com esses vilões buchas, pelo amor de Deus. Fora que ela é um espírito maligno e a Katana tem uma espada que LITERALMENTE aprisiona espíritos, e eles não usam isso a favor. Além de que toda as horas eles ficam dizendo “nós os somos os vilões” ou “nós somos os caras malvados”, mas aí chega num dado momento do filme e meio que todo mundo fica bonzinho e quer derrotar o mal. Sério, a existência desse filme é inacreditável.
Nota: 2/10

Mulher Maravilha (2017)

Adorei esse grupo improvável

Aqui tivemos uma ótima Mulher Maravilha, que funcionou bastante, não só como uma heroína imponente, mas também como um símbolo representativo feminino. Eu imaginei que o filme iria ser uma grande propaganda feminista (o que eu não veria como problema), mas ele não precisou fazer isso para ser bom. Ele fez somente o básico, que é ser uma origem boa, justa e honesta com que o se propõe da personagem.

Gosto bastante da protagonista ser extremamente ingênua, em relação ao mundo não ser definido em bom e mau, preto e branco, certo e errado, etc. Toda a parte das Amazonas é legal demais e deixa a gente com vontade de ver mais daquilo. Eu realmente gostaria de ver uma série só delas. O Chris Pine como Steve Trevor está ótimo, pois além de bom ator, ele tem muito carisma. Todo o grupo improvável de heróis é bem legal, as dinâmicas são ótimas e cada um tem o seu destaque.

Mas nem tudo funcionou para mim, pois o vilão é extremamente mal aproveitado. O ator, David Thewlis, é muito bom, mas ele não tem nenhuma cara de Ares. Entendo que a intenção do roteiro seja essa, até para o Deus da Guerra ficar oculto, mas no final ele não me gerou nenhum medo do que poderia fazer. Fora que a luta final dele com a Diana foi bem fraca, a única coisa legal naquele momento foi o sacrifico do Steve, que foi bem emocionante. Ainda assim, achei um filme muito legal.
Nota: 6/10

Liga da Justiça (2017)

Melhor momento do filme!!!

Esse filme é basicamente uma cópia de Vingadores, tanto até que chamaram o Joss Whedon para terminar o filme. Para mim funcionou, mesmo com vários problemas. Por exemplo, como não teve um filme de origem para o Flash, para o Aquaman e para o Ciborgue, tiveram que apresentar eles de forma muito corrida e isso não ficou bom. Além de ter tomado muito tempo de tela, que poderia ser usado para outras coisas.

O Flash ser o alivio cômico, é de boa, só que ele ser um Barry Allen burro me incomoda. Tudo bem ele não ser um gênio, mas piadinha de “Será que esse é o Leste?”, isso mata o personagem. O Aquaman até é legal, mas só porque é o Jason Momoa, pois esse personagem do filme não tem nada a ver com o Arthur Curry de verdade. O drama do Ciborgue é interessante, mas ele é pouquíssimo explorado. É uma grande pena ele não ter tido um filme solo, mas imagino que muita coisa foi cortada. Esse Batman piadista não funciona para mim, a Mulher Maravilha só tem frases de efeito, mas apesar de tudo, o Superman é a melhor coisa do filme.

Eu gostei muito da volta do Homem de Aço, apesar daquela batalha dele com os heróis ser meio boba. A presença dele como o Superman, sendo de fato o símbolo da Esperança para a humanidade, foi perfeita. Era esse Superman que eu queria ver no cinema, o problema é que isso foi zero desenvolvido nos filmes anteriores. Ainda assim, gostei dos momentos que o Joss Whedon criou para ele.

O Lobo da Estepe é um vilão bem sem graça e não impõe medo algum. Eu entendo a escolha dele como antagonista, pois eles precisavam de alguém que desse motivos para a união dos heróis e eles obtiveram êxito nesse resultado. Mas ainda assim, poderiam ter trabalhado melhor nele. Porém, como eles gastaram tempo de tela apresentando os personagens sem origem, não sobrou muito para desenvolver no vilão. Dito tudo isso, eu devo dizer que não acho um bom filme, mas me diverti e no final, acho que isso que importa.
Nota: 5/10

Veredito final

Confesso que esperava menos desses filmes. Os três primeiros eu já havia assistido antes, então já vinha com uma expectativa baixa, mas admito que fui surpreendido, tanto positivamente, quanto negativamente.

Esses filmes tem muitos problemas, pois ainda acho que um dos maiores defeitos desse universo é o de não saber executar boas ideias. E isso fica muito claro, pois a DC claramente se apressou nessa corrida contra a Marvel e chamaram a pessoa errada. Não dá para confiar no Zack Snyder. Mas como eu disse, eu consegui me divertir na maioria deles e é isso que importa.

Diria que o único filme que não vale a pena ver, e se já viu, que ele seja completamente esquecido, é o Esquadrão Suicida, que é uma bomba. Agora, o resto até que é legal de assistir, seja para curtir o filme, ou pelo menos para fomentar uma opinião sobre algo que está no hype. Veja, de preferência, sem ter muitas expectativas que assim você pode aproveitar melhor.

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